segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A DIFERENÇA DE CASILLAS E ANDRÉ



VÍDEO:


Os jogos de futebol teem duas partes e, ontem,  os portistas fizeram o melhor uso delas. Tendo sido manietados pelo Benfica em toda a primeira parte, regressaram do balneário decididos a alterar o rumo dos acontecimentos e acabaram por dominar completamente toda a segunda parte, acabando por fazer o golo da vitória aos 87 minutos.


Há por aí muita gente a analisar o jogo do ponto de vista tático. Aqui, interessa-nos um ponto de vista mais emocional. E, nessa perspetiva, o Porto não só mereceu a vitória como foi nitidamente mais equipa, melhor preparada fisicamente, com ideias mais claras sobre o que cada um fazia no campo.

O jogo começou como seria de esperar: com ambas as equipas a estudar-se, mas o Porto, jogando em casa, mais agressivo. O Benfica aguentou este primeiro embate, que durou cerca de 10 ou 15 minutos, e, a partir dos 20 minutos, decidiu tomar conta do jogo. Conseguiu não só dominar os Dragões, mas também criar duas excelentes oportunidades de golo, que Iker Casillas negou de forma brilhante.

O Porto enervou-se, o jogo não estava a correr de feição, muito mais por mérito do Benfica que por desmérito dos azuis e brancos.


 O Benfica tinha os seus jogadores bem colocados, confiantes e desenvolvia jogadas de ataque corrido, ligadas e rápidas, o que deixava os Dragões desnorteados, sem capacidade de acompanhar a velocidade e o acerto dos encarnados. O Porto podia dar graças aos deuses por chegar ao intervalo com o resultado de zero a zero, principalmente por culpa do seu guarda redes.

A segunda parte foi diferente, muito diferente. Os primeiros 10 minutos pareciam ser mais do mesmo, mas o Porto decidiu pegar no jogo e acabar com as veleidades do Benfica.

Os encarnados deixaram de impor o seu jogo coletivo e, a partir do 75 minutos, o Porto dominava completamente a partida, impedindo o Benfica de chegar perto da baliza.de Casillas. Os homens da Luz viram uma bola bater no poste de Júlio César, com este aparentemente batido, e já não conseguiam responder na mesma moeda, pouco conseguindo passar do meio campo.





































Lopetegui começou a mexer na equipa aos 62 minutos e Rui Vitória aos 77. Mas havia já uma enorme diferença nas substituições: o treinador do Porto queria ganhar - consciente que a sua equipa estava melhor e perto de marcar - e o treinador do Benfica queria não perder - também consciente que os encarnados já não conseguiam acompanhar a velocidade dos Dragões e começavam a parecer um queijo suíço, com buracos por todo o lado, por onde passavam jogadores azuis e brancos com enorme facilidade.

O golo foi uma inevitabilidade, já esperado há 10 ou 15 minutos, adiado apenas por uma intervenção excelente de Júlio César com a ajuda de Luisão. Quando André André, em parceria dom Varela, disparou o remate aos 87 minutos, o Benfica já era uma sombra do que fora na primeira parte, quer do ponto de vista físico quer tático. Ficou a perder a 3 minutos do fim, com a nítida impressão de ser incapaz de virar o resultado, tendo pela frente um Porto que, durante a segunda parte, demonstrara um superioridade irritante para os benfiquistas. Os Dragões estavam melhores em todos os aspetos do jogo, incluindo o entendimento coletivo, que fora a grande arma encarnada na primeira parte.




































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