A minha principal curiosidade era saber como é que o Sporting, jovem e algo inexperiente, justificaria o lugar que ocupa na Liga Zon-Sagres, contra uma equipa do mesmo nível. E nada melhor que o Porto para este teste, por vários motivos: primeiro, porque é uma equipa que não se deixa dominar sem ripostar na mesma moeda; segundo, porque fora o Porto que infligira ao Sporting a sua derrota mais pesada esta época, pelo que havia várias contas a ajustar.
O Sporting foi sempre superior ou igual e, em certos momentos do jogo, foi mesmo arrasador, deixando o Porto perplexo e completamente perdido em campo.
Se a primeira parte decorreu mais ou menos sem incidentes relevantes, quer dizer, sem oportunidades flagrantes para ambos os lados, o segundo período foi muito diferente.
Na primeira parte o jogo decorreu mais ou menos equilibrado até cerca dos 25 minutos, altura em que o Sporting pegou na partida e encostou os portistas no seu meio campo. Apesar disso, não criou oportunidades flagrantes de golo e o Porto foi-se sentindo confortável com a cavalgada inconsequente dos leões.
Os nortenhos nunca se desequilibraram verdadeiramente e cerca dos 40 minutos já tinham voltado a encaixar no desafio, que é como quem diz que deixavam o Sporting ir correndo, mas nuca perdiam oportunidade de se aproximar da baliza adversária, coisa que não conseguiram entre os 25 e os 40 minutos.
A segunda parte teve 10 minutos de equilíbrio. Depois o Sporting puxou dos galões de líder do campeonato - lugar que, já o disse antes, merece mais que ninguém - e transformou o tri-campeão nacional numa barata-tonta, sem conseguir ganhar bolas, sem conseguir sair do seu meio campo, a correr desalmadamente para conseguir acompanhar os jogadores do Sporting, que faziam o que queriam do meio campo nortenho.
O Sporting ainda teve mais uma oportunidade de golo, aos 81 minutos, por Vítor Silva, mas, mais uma vez, Fabiano, bem colocado e atento, evitou o tento dos leões.
O Sporting passou no teste do igual-para-igual e só não teve distinção porque o guarda redes dos dragões roubou-lhe a nota 20.
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