Às vezes espera-se mais de um Porto-Benfica do que aquilo que o jogo pode ser. Hoje disputava-se a 1ª mão de uma meia final e a partida foi exatamente isso, com ambas as equipas com parte da cabeça no dia 16 de Abril, no estádio da Luz, para a disputa da 2ª mão.
Nem o resultado de 1-0 a favor do Porto pareceu incomodar os encarnados, enquanto os Dragões sabiam que a vantagem mínima pode ser decisiva na disputa da eliminatória.
Não deixando de ser um jogo disputado com intensidade, com velocidade e executado por jogadores de elevado nível técnico, foi, ao mesmo tempo, um jogo tático e cerebral.
O Porto esteve melhor toda a primeira parte e, mesmo a ganhar por 1-0 aos 6 minutos, com golo de Jackson Martínez, manteve a pressão sobre o Benfica, procurando ampliar a vantagem. Os encarnados tinham dificuldade em construir jogadas corridas, organizadas, e o melhor que conseguiu durante todos os 45 minutos foi um pontapé de Maxi Pereira por alto e uma cabeçada de Rodrigo ao lado.
Na segunda parte o Porto deu o jogo ao Benfica, que se organizou melhor e teve mais tempo a bola em seu poder, menos perdulario nos passes e mais instalado no meio campo adversário. Esta postura dos azuis foi ganhando consistência ao verificar que as águias, apesar de terem o esférico em seu poder, raramente chegavam à baliza de Fabiano com perigo.
O melhor que o Benfica conseguiu nos segundos 45 minutos, foi um remate perigoso, superiormente defendido por Fabiano.
Com o aproximar do final do jogo, toda a gente parecia satisfeito: o Porto com a vantagem mínima e o Benfica com a desvantagem mínima. E agora todos sabemos que, na segunda mão, muita coisa vai ter de mudar.