cf. "As mais belas fábulas de La Fontaine", ed. Civilização, 2005, pg. 72 |
Este jogo teve duas partes distintas: a primeira, a do Porto-formiga - trabalha, trabalha - e do Zenit-cigarra - canta, canta - que acabou por revelar que a cigarra tem mais sorte que a formiga e fica famosa e rica a cantar.
E depois a segunda parte, que transformou a cigarra-rica num Zenit dominador e o Porto-formiga numa barata-tonta.
Durante toda a primeira parte o Porto trabalhou para ganhar o jogo. Não teve muitas oportunidades flagrantes, mas fez (mais que) o suficiente para justificar o 1-0 conseguido por Lucho aos 23 minutos.
Mas a plateia não estava para formigas em trabalho; as cigarras-cantoras é que enchem teatros e uma trapalhada entre Alex Sandro e Mangala deu a Hulk o 1-1 aos 28 minutos.
O Porto não merecia. E muito menos merecia o 2-1 que Hulk falhou na conversão de uma grande penalidade aos 52 minutos - mas só os adeptos da teoria da conspiração podem pensar que o brasileiro não marcou de proposito!
Na segunda parte Spaletti decidiu não correr mais riscos com a sua cigarra-cantora e mudou o rumo dos acontecimentos. O Zenit dominou o jogo, trabalhou, trabalhou, mas a barata-tonta em que o Porto se transformou decidiu que era a sua vez de ter sorte.
O jogo acabou empatado, só para o La Fontaine perceber que nem as formigas-trabalhadoras nem as cigarras-cantoras se ficam a rir uma da outra.
Uma música por dia |
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