Mas durante este jogo, o australiano tornou-se o primeiro jogador de sempre a fazer mais de 100 entradas superiores a 100 pontos, numa só época.
Reza a história que, aos 17 anos, Neil Robertson pediu à mãe 500 libras emprestadas e saiu da Austrália para atravessar o mundo e tornar-se profissional de snooker em Inglaterra. Hoje é número 1 do ranking mundial e, entre prémios, publicidade e patrocínios, deve ganhar por ano, cerca de 1000 vezes o investimento materno - que, calculo, deve estar pago com juros!
Ontem teve um jogo titânico contra Judd Trump, onde esteve sempre a perder desde a 3ª à 21ª partidas. Empatou 11-11 à 22ª partida, passou para a frente e à 24ª partida fechou o encontro. Essa 22ª partida ficará para a história de Neil Robertson em particular e do snooker em geral, por ter sido a 101ª entrada superior a 100 pontos numa mesma época.
Neil Robertson não é um jogador exuberante. O seu jogo é baseado na concentração e na regularidade, não no espectáculo. É por isso que é mais respeitado que admirado.
Agora vai ter pela frente, nas meias finais, Marl Selby, o mestre das táticas defensivas. Com excepção de Barry Hawkins - que, apesar de tudo, está aqui por mérito próprio - chegaram a esta fase os três melhores jogadores do mundo em minha opinião; três estilos tão diferentes, três formas de jogo fascinantes e opostas ao mesmo tempo. Uma espécie de "seleção natural da espécie". Pelo menos um deles estará na final - ou mesmo dois, se Hawkins não fizer mais uma surpresa e ganhar a Ronnie O'Sullivan.
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