INCAPAZ

Incapaz! É a palavra que me vem logo à cabeça, acerca do jogo Paris Saint-Germain - Benfica. Incapaz coletivamente, individualmente e taticamente.

A superioridade individual do P.S.G. em relação ao Benfica não seria nunca posta em causa, mesmo antes de começar o jogo. Mas as equipas com jogadores menos dotados teem armas que podem (e devem) usar nos confrontos diretos. Uma delas, talvez a mais poderosa, é o jogo coletivo; outra a velocidade. As duas coisas - coletivismo e velocidade - são argumentos poderosíssimos contra qualquer adversário.

Além disso o futebol é um jogo coletivo e só coletivamente faz sentido. Os homens não são, individualmente, máquinas e falham. Compete à equipa, como um todo, ir colmatando as falhas individuais. A equipa funcionará, assim, como uma máquina, apesar das falhas ocasionais de cada uma das peças.

 Hoje, em Paris, o Benfica foi uma sombra duma equipa; e ser uma equipa é a única arma que tinha contra jogadores como Thiago Motta, Cavani ou Ibrahimovic.

Perder 3-0 contra um adversário na Liga dos Campeões pode (repito: pode!) não ser humilhante, mas no confronto direto entre 2 (pretensos) candidatos ao 1º lugar do grupo, não só é humilhante como dá ao Paris Saint-Grmain uma vantagem que o Benfica dificilmente recuperará.

Estar a perder 1-0 aos 5 minutos, por golo de Ibrahimovic, não explica grande coisa, principalmente a incapacidade de reagir do Benfica. Aos 25 minutos Marquinhos fez o 2-0 e, de novo Ibrahimovic, aos 31 minutos, fez o 3-0, arrumando a questão.

A segunda parte não trousse alteração no resultado, não porque o Benfica equilibrasse o jogo mas porque o P.S.G. sentiu que tinha coisas mais importantes para fazer e escostou-se à sombra do resultado. Nem sequer se pode dizer que o defendesse, porque a incapacidade dos encarnados era tão grande que, durante os 90 minutos não tiveram nada parecido com uma oportunidade de golo e raramente incomodaram seriamente Sirigu.


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