Ao contrário do que eu estava à espera, foi um jogo intenso,
rápido, genericamente bem jogado. O Benfica demorou cerca de 55, 60 minutos a
entrar no jogo, e quando o fez já perdia por 1-0, num golo a meias entre Carrilho e Gutierrez cerca dos 50 minutos.
Em ambas as partes, o Sporting começou pressionate e
dominador, embora na primeira parte o Benfica equilibrasse cerca dos 20
minutos, tornando o jogo dividido com oportunidades para os dois lados.
No início da segunda parte, os leões fizeram o que não
tinham conseguido na primeira: marcar, no tal golo tabelado entre Carrilho e Gutierrez que
traiu Júlio César, e que apenas colocou alguma justiça no marcador, já que os
encarnados, mesmo quando equilibravam o jogo, nunca foram uma equipa com um
jogo delineado, pensado e consistente.
Se ainda há algumas arestas a limar em ambas as equipas, essas deficiências são muito mais evidentes no Benfica que no Sporting. Os encarnados ainda andam aos solavancos, falham muitos passes, teem dificuldades em construir uma jogada completa; o Sporting, por outro lado, já tem um jogo bem assente na terra, apesar de serem evidentes as limitações de inicio de época.
A entrada de Pizzi mudou o Benfica, para melhor, com menos passes perdidos, maior amplitude de jogo, mas a verdade é que o Sporting nunca esteve realmente em dificuldades. A ganhar, controlava o jogo, parava quando cria, arrancava em jogadas rápidas e dominou, com mais ou menos dificuldades ocasionais.
O Benfica perdeu a Supertaça para um Sporting que, não tendo
sido melhor em absoluto, foi mais equipa no seu conjunto, pareceu melhor
preparado fisicamente e aparenta ter começado em definitivo a perceber o que
quer o novo treinador.
Pode-se dizer que a vitória por 1-0 resultou de um golo de
sorte, mas todos sabemos como a sorte é importante no futebol e que, salvo
raras excepções, acaba por beneficiar quem merece.
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